Portugal, nós nunca ambicionámos ter cem por cento dos praticantes.
Nós não acompanhámos o século XX do desporto europeu. Esse fardo de ignorância tolhe a nossa disponibilidade para nos engrandecermos no desporto europeu.
Pensámos ser mais fácil ambicionar ter medalhas que elas apareciam, como apareceram e aparecem.
Deixámo-nos enganar pelas medalhas ganhas em valor absoluto. Eusébio, Carlos Lopes, Rosa Mota, Carlos Queiroz, a geração de ouro, Euro2004, Ronaldo, Mourinho, final portuguesa de Dubblin, são tudo medalhas que ilustram que não temos limites e que os nossos limites somos nós próprios, as nossas mentiras a nós próprias, a nossa falta de ética e arrogância.
Quando relativizamos e comparamos os nossos resultados com os outros vemos que as coisas são diferentes e acobardamo-nos.
Tornamo-nos pequenos e aceitamos ser inferiores aos outros.
Temos de ambicionar valores desportivos da média europeia.
Devemos começar pelos nossos filhos.
Necessitamos de fazer a nossa troika do desporto e estabelecer um Memorando de Entendimento aceite por todos os agentes do desporto e dirigido à sociedade apra a mobilização de vontades e recursos extraordinários e escassos.
A participação desportiva é esse o objecto nacional maior.
Nele devem estar medidas horizontais e estudos e intrumentos a que nos obrigamos a cumprir.
Porquê aceitar que troikas estrangeiras façam a nossa responsabilidade?
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