Um segundo vector do critério de decisão está na qualidade e características da política que no passado os candidatos eleitorais realizaram.
No século XX e início do século XXI desportivo português os seus indicadores de produção mantiveram-se no último lugar da Europa.
Houve uma clara acumulação de capital desportivo nas últimas três décadas, porém, o produto desportivo não alcança ritmos de convergência europeia e recentemente desacelera mantendo Portugal o primeiro lugar das tabelas invertidas.
As políticas das últimas duas décadas erraram?
As políticas foram insuficientes e erraram seguramente.
De que forma?
Faltou às políticas complexidade e profundidade, faltou aos protagonistas coragem e altruísmo para assumir a responsabilidade de criar a partir dos princípios europeus e os desportivos.
Portugal falha a Europa porque não assume os seus fundamentos: cria políticas desportivas e segue princípios éticos que a Europa ocidental se os seguiu no passado, procura abandonar e seguir sempre em frente.
Portugal segue um economicismo profissional equivalente ao modelo de Leste, sem o seu empenhamento político, aplicado aos princípios liberais que o futebol como maior modalidade aproveita e cuja dimensão crítica falta às restantes modalidades.
Foram os partidos que erraram? Ou foram também as profissões, os juristas, os líderes federados e os gestores como tão bem se observa nas acções que se realizam onde não se defrontam os problemas actuais concretos que se pretende debater?
Para não prolongar mais:
O modelo de desenvolvimento desportivo está errado e os protagonistas são muitos para que ele seja tão errado para nos manter agrilhoados no topo das tabelas negativas europeias.
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