- Que o desporto português poderá estar a divergir da Europa do desporto quanto ao seu produto desportivo
- Quanto à produção isto dever-se-á a:
- Existirão inúmeros segmentos do desporto falidos clubes de base, clubes médios, grandes clubes
- Autarquias com situações financeiras prejudiciais ao fomento do desporto
- Algumas federações estão falidas outras com a corda na garganta
- Faliram empresas do desporto
- Quanto à prática
- Há uma insuficiência de prática desportiva informal
- Há uma insuficiência de capacidade de organização recreativa pelos clubes e empresas que trabalham na estrutura federada
- Há uma insuficiência de resultados no alto rendimento
- Quanto à qualidade técnica e científica da produção
- Destruição de capital humano, económico e social nomeadamente nos talentos desportivos, como é o caso de Vanessa Fernandes que a atribuição de um montante financeiro demonstra a realidade da situação
- Do ponto de vista económico e social
- Reputação social do desporto frágil
- Um mercado do desporto nacional ineficiente
- Uma balança social do desporto claramente mediocre para a realidade de grave crise social do país
- Quanto aos factores de desenvolvimento imateriais
- Insuficiência de estudos e de investigação comparada e de benchmarking europeu
- Políticas desportivas sem objectivo e não auditadas por instituições independentes e idóneas
- Não há líderes desportivos a intervirem com regularidade na comunicação social e a valorizarem a imagem do desporto na opinião pública
- Faltam congressos, debates, publicações por parte da sociedade civil e universitária do desporto e não apenas com as corporações cientes dos seus valores pessoais
- Existe a contaminação de exemplos negativos como os das claques, doping e corrupção latentes no mercado
- É dito na disciplina de Economia do Desporto aos alunos que toda a afirmação feita baseada em valores e factos absolutos é insuficiente.
- As quantificações devem sempre ser relativizadas e comparadas demonstrando com indicadores de eficiência, eficácia e equidade que as situações são qualitativamente melhores e visando o desenvolvimento sustentado de médio e longo prazo.
- Que é possível passar uma legislatura a distribuir dinheiro, fazer instalações, fazer legislação, produzir uns livros, o que tem um mérito relativo mas não absoluto. A dificuldade de ir mais longe nas realizações europeias e a falência de clubes, federações, empresas, autarquias e atletas é grave para sugerir que a política foi a ideal para resolver os problemas que assolam o desporto português.
- A acumulação de capital demonstra que o capital disponível para consumo desportivo da população é maior do que no passado do desporto português. Apesar dessa acumulação de capital desportivo, económico e social continuam a surgir desastres. Agora eles são de maior dimensão do que acontecia no passado. Ninguém soube o que aconteceu a Susana Feitor e com Vanessa Fernandes a situação é mais grave para o mesmo problema de destruição de talento desportivo.
- A crise nacional e as medidas de austeridade vão trazer à crise do desporto muito mais dificuldades e possíveis falências do que as actuais e poderá perguntar-se então, quanto da lista de obra resolveu ou aprofundou a crise e se outros valores não deveriam ter sido prosseguidos na última década inclusive com melhor aplicação de dinheiro, instalações, legislação e muito mais livros, conferências, debates e qualidade de uma política desportiva plural e participada pela sociedade.
O desafio que coloco aos partidos é demonstrar que os seus objectivos para o futuro serão os de colocar o desporto português a convergir com a Europa.
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